Moda e Semiótica: Análise das Capas de Dez/2015 da Revista Elle
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Neste trabalho, foram analisadas as quatro edições de capas de dezembro de 2015 da revista de moda Elle. Para isto, utilizou-se uma base de alguns teóricos semióticos como Charles Peirce, Mikhail Bakhtin e Roland Barthes. A revista francesa Elle iniciou sua circulação no ano de 1945 na França, publicada pela Hachette Filipacchi Médias. Em um contexto de pós Segunda Guerra Mundial, a revista veio para atender os anseios das mulheres mais independentes, fortes e modernas, uma vez que muitas ficaram viúvas por perderem o marido na guerra e precisaram se tornar o “homem” da casa, já que naquela época a figura masculina era o provedor da família. Desde então, Elle vem trazendo otimismo e modernidade para as mulheres se tornando um grande sucesso. A partir disso a revista cresceu cada vez mais e hoje é a maior revista de moda em circulação no mundo, presente em mais de 60 países. No Brasil a revista entrou em circulação em 1988 pela editora Abril. Com uma circulação mensal, cerca de 87% do público da revista são mulheres entre 20 e 59 anos, da classe A e B.
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O objeto de análise são as capas da revista lançadas em dezembro de 2015. “Moda e Feminismo” foi o conceito trabalhado nas quatro imagens que entraram em circulação. Em todas elas estavam em destaque frases relacionando a roupa da modelo com o direito da mulher se vestir como quer e continuar sendo respeitada, fazendo referência à violência sofrida pelas mulheres. Outro diferencial da campanha foi o fato de as quatro capas entraram simultaneamente em circulação durante o mês de dezembro de 2015, possibilitando, assim, que o leitor pudesse escolher a capa de sua preferência. A campanha foi inspirada nas obras da artista feminista americana Barbara Kruger.
Clique nas capas para ler as análises
A análise foi feita pelos alunos André Novelino, Barbara Schmidt, Giovanna Lima e Lizandra Braga para disciplina de Semiótica do Espetáculo, da UFJF, em 2016.